29 de junho de 2009

MINHA NAMORADA ESTÁ GRÁVIDA! E AGORA?

Apesar de Ser um Assunto Muito Discutido, as Desculpas Ainda São as Mesmas



É interessante que uma das principais preocupações dos adolescentes é a gravidez. Tenho percebido isso em todas as palestras que ministro para eles. Rapazes e garotas se preocupam igualmente, mas as reações a uma gravidez normalmente são diferentes. Nessa fase, os adolescentes têm uma preocupação constante na cabeça: sexo. No entanto, diferente da garota que pensa mais na relação sexual como uma maneira de consolidar o compromisso (namoro), o rapaz deseja conquistar a parceira, mostrar seu desempenho, provar sua masculinidade.

Com interesses diferentes em relação ao sexo, às reações a uma gravidez também não são iguais. A primeira reação do rapaz muitas das vezes é negar, alegando que não é o pai, o que é uma humilhação para a garota. Depois alega que a prevenção era responsabilidade dela. Um dos motivos para os adolescentes não utilizarem método anticoncepcional é por acharem errado planejar o sexo, este deve ocorrer espontaneamente. Além da onipotência em que nada acontece com eles, própria desta fase. Buscando vários métodos falíveis ou o uso inadequado deles, acaba o jovem casal se deparando com a gravidez indesejada. Indesejada?

Algumas adolescentes desejam a gravidez consciente ou inconscientemente: desejam chamar a atenção dos pais, contrariar ordens familiares, prender o namorado (é, isso ainda existe!) ou por pura carência afetiva. Entre outros motivos. Se, quando o casal é adulto e a gravidez é planejada, o pai nem sempre é participativo, o que esperar de um pai adolescente? Quando o casal jovem resolve se casar ou se juntar, mesmo que tenham uma visão romântica do namoro, não demora muito e logo se separam, pois ainda não tinham as condições psicológicas, sociais e econômicas necessárias.

E aí, é como se nunca tivesse sido pai, pois vai tentar recuperar todo o tempo perdido. E o filho só vai ter do pai a pensão alimentícia e, isso, porque é lei! Muitas coisas mudaram nesse contexto, mas ainda muita coisa pode e deve mudar quando o assunto é sexualidade, por enquanto ainda prevalece o velho ditado: mãe é mãe, tenha ela que idade tiver!

Diva Portella é psicóloga com mestrado em sexologia

Fonte: Informe Yahoo

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