17 de março de 2010

UM POUCO DE MITOLOGIA ...

Ártemis, a deusa guerreira

Filha de Zeus com sua amante Leto, Ártemis (conhecida em Roma como Diana, a Caçadora) é a irmã gêmea primogênita de Apolo. Hera, esposa de Zeus, perseguiu Leto de tal modo que nenhum lugar se atrevia a desafiar a rainha do Olimpo e acolhê-la durante o parto, que finalmente ocorreu numa ilha remota.


Ártemis logo ao nascer revela seu talento como parteira e auxilia a mãe no nascimento de Apolo. Traumatizada com a perseguição sofrida por sua mãe, ela pede a Zeus que seja virgem para sempre, pois não quer ser submetida à maternidade. Contudo, também pede um séquito de homens virgens.

Trata-se de uma deusa associada à vida selvagem e à caça e também à luz da lua e à magia. Seu desejo é estar nas matas, vestindo roupas curtas que a deixam livre e carregando nas costas o seu arco e flechas de prata. De natureza espartana, ela é uma grande guerreira e está sempre competindo consigo mesma, buscando a superação.

Ártemis é considerada a mais pura e casta das deusas. Uma vez, sendo surpreendida ao banhar-se em um rio por um caçador, transformou-o em veado e fez com que fosse devorado por sua própria matilha. Ela tem desprezo pela vulnerabilidade e, ao contrário de Atena, entende o ataque de nervos como forma de defender-se.


Atena, a deusa independente

Atena é filha de Zeus e Métis, a deusa da prudência e da medida. Daí sua relação com o cálculo e o conhecimento exato. Com medo de que a filha prestes a nascer fosse destroná-lo, Zeus engole Métis grávida que, contudo, continua a gestação dentro de sua cabeça.

Após enxaquecas terríveis, Atena nasce adulta da cabeça de Zeus, com uma espada e um escudo, e passa a lutar ao lado pai. É criada por ele, tornando-se a típica "filha do pai" e distante de sua mãe. Atena é a deusa da sabedoria, do ofício, da guerra justa e da inteligência (afinal, além de filha de Métis, nasceu da cabeça de Zeus).

Perséfone, a deusa menina-mulher

Coré desempenha o papel da filha que estabelece uma relação profunda com sua mãe (ao contrário de Atena, que se identifica mais com o pai). Seu mito representa o rito de passagem envolvendo a transição da menina que se torna mulher.

A adolescente Coré não sabe o que fazer com o seu enorme poder de sensualidade que mexe com os homens onde quer que ela passe. Sua mãe, Deméter, na verdade não quer que ela cresça porque tem medo de se afastar da filha. Deste modo, ela chega à flor da idade sem saber direito o que são o amor e o sexo.

Seu poder de sedução é inconsciente para ela, é puro e virginal. Talvez por isso encante Hades, o deus do submundo, que a rapta e a leva consigo para o reino dos infernos. Sua mãe, desesperada, começa a vagar pelo mundo levando a tristeza e a fome por onde passa.
O curioso é que Coré finalmente amadurece ao desposar Hades, descobrindo uma nova realidade e um novo papel a desempenhar agora que já é uma mulher. Flexível, ela se adapta à vida do parceiro e não vê problema em se tornar dependente dele (como, de certa forma, ela também era em relação à mãe).

A transformação pela qual passa faz, inclusive, com que mude de nome, passando a se chamar Perséfone. Hades permite então que ela visite a mãe uma vez por ano para acabar com o sofrimento da sogra. Perséfone passa a transitar de forma mediúnica entre dois mundos. Ela já é uma mulher, conhecedora dos mistérios e da sabedoria feminina.

Um comentário:

  1. Lucianna.



    Sou um Professor, com formação em Biologia e Química, que busca a divulgação do Verde Vida. Imagens ricas e textos simples, dedicam-se à causa ambiental/humanística. Visite e opine, quando puder.

    Felicidades em sua jornada!

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